domingo, 25 de dezembro de 2011

Reflexão Natalina


Imagem retirada do blog do J.Andrew.

Houveram trevas, mas passaram. Houveram castigos, mas se acabaram. Houve quebra no relacionamento do criador e da criação, mas foi reconciliado. Hoje é natal. Hoje comemoramos a passagem das trevas para a luz, o perdão por nossos pecados e a restauração de nosso relacionamento íntimo com Deus. Mas isso não seria na Páscoa? Páscoa e natal estão interligados, no natal o Verbo se fez carne, na Páscoa o Verbo se fez pecado e se deu por nós. Aquele que não tinha pecado algum se encheu de pecado para os pecadores alcançarem o perdão. Desprezar esse sacrifício é o pior crime que um ser humano pode cometer. Saber do que Jesus fez por nós e não reconhecê-lo como nosso Senhor e Salvador é um passo direto para o fogo do inferno. O fogo de Udûn, para quem é fã de Tolkien. O fogo de Anor seria o fogo de Cristo, que é o Sol Nascente, a Estrela da Manhã. O fogo de Anor refina aqueles que são prata e ouro, mas queima aqueles que são palha. O Sol Nascente vem logo após a escuridão. E quando nasce é o natal, o Primeiro Natal. É isso que comemoramos hoje, no dia 25 de dezembro. Agora devemos esperar pelo retorno da luz. Mas essa noite nem se compara a anterior, pois agora temos uma lua que reflete a luz enquanto estamos nesse mundo, que é a Igreja de Cristo.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Reflexão Pré-Sono

Esse texto eu escrevi em Viçosa, no dia 15/11/11, das 1:30 AM até as 1:48 AM. Literalmente foi uma reflexão pré-sono. é bem pequeno. Segue o texto:
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Reflexão Pré-Sono
    Seria, aparentemente, mais fácil obedecer a Deus e não cair em tentação por medo de ser punido (atirado no inferno) do que por dever e amor, como diria Maquiavel, pois, para ele os homens são "ingratos, volúveis, simuladores e dissimuladores, covardes e ávidos de ganhos" (O Príncipe, cap. XVII), ou seja, pecadores. Mas isso não tem como se encaixar na lógica cristã, pois Deus é totalmente bom e o homem totalmente carente dEle. Por isso, o que é aparentemente mais difícil, o caminho estreito, é o que leva até Ele. Pois, com o pecado em nós, é difícil sermos bons, que é o que Deus quer de nós. Por isso devemos obedecer a Deus por dever, pois Ele é nosso Senhor, e nós, mesmo já estando salvos, devemos segui-lo e nos esforçar para deixá-lo viver nossa vida por nós, não nos rebelando com intuito de controlar-nos. Deus é com aqueles que escolheu e os socorre, não deixando-os viver como os desse mundo vivem. Portanto, irmãos, esforcemo-nos para não cair em tentação, não com nossas forças, mas com as forças do Senhor e para a sua glória.

domingo, 11 de dezembro de 2011

O Labirinto

Escrito em Viçosa, no dia 8/12/11, das 11:30 PM até o dia 9/12/11 às 12:08 AM, o texto "O Labirinto" mostra um olhar de cansaço sobre a vida. Chega a ser interessante. segue o texto:
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O Labirinto


      Perdido. Sim, perdido. Estou perdido no labirinto de Daedalos¹, o Labirinto da Vida. Cada decisão que tomo, cada escolha que faço parece levar a lugar nenhum, a um beco sem saída além do retorno. Mas no Labirinto da Vida o tempo rege tudo, e no tempo não há retorno, exceto talvez o eterno retorno², que acompanha a história. Já nem esse é fiel à eternidade, pois o retorno não é eterno e a história caminha para um fim, uma plenitude, uma consumação. Último retorno, é chamada essa consumação, quando Ele retornar. Lindo será esse Dia. Inda o aguardo, o espero. Até lá estarei ainda, se vivo, nesse Labirinto. Há um fio de lã no caminho, no Labirinto. Parece ser o caminho certo que ele indica, pois as coisas só dão certo quando o sigo. Mas segui-lo é renunciar minha capacidade de encontrar um outro caminho. Sei que não há outro caminho, mas meu orgulho me impede de assumir isso e de deixar que outra coisa me controle. Afinal, eu devo governar a mim mesmo! Não? A resposta eu sei e você também[, imagino]. Mas pô-la em prática é simplesmente altamente desafiador. Acabo preferindo vagar e vagar pelo Labirinto sem alcançar nada do que seguir a resposta clara aos meus olhos.


¹ O labirinto de Dédalo, feito para aprisionar o minotauro. (http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9dalo)
² Eterno Retorno é um dos temas da filosofia de Nietzsche. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Eterno_retorno)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Seguimos a Verdade em Amor

Esse poema a maioria de vocês que frequentam meu blog já deve ter visto por aí, mas eu estou postando ele mesmo assim. É de autoria da diretoria da UPA 2011 (Clara, James A., Denise, Júlia e Davi) e foi feito para o acampamento da IPV (Igreja presbiteriana de Viçosa) de tema "Seguindo a Verdade em amor". Adicionei algumas notas explicativas. xD

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    Seguimos a Verdade em amor

    No início Deus somente havia,
    Criou o mundo e tudo o que nele há,
    Criou o homem e a mulher, para sua alegria, 
    A sua imagem nos criou para o louvá.
    Porém nós, às margens do Pisom¹ gritamos: Independência e morte.
    A serpente a todos nós enganou,
    E por um momento, ser iguais a Deus desejamos,
    O Fruto até o fundo do poço nos levou,
    E escravos do pecado nos tornamos,
    Pois pensamos que podíamos viver à nossa própria sorte!
    Durante muitos milênios vivemos sobre o jugo do pecado,
    Mas a nenhum momento a mão do Senhor abandonou Israel,
    Nunca deixando assim seu povo de lado,
    E até o Sol parou, e fogo desceu do céu,
    Mas o sangue de animais para nos salvar não era suficiente. 
    O Senhor tinha um plano,
    Um plano perfeito para nós que somos imperfeitos,
    Nos livrar do pecado insano,
    E mandar Jesus para resgatar seus bons preceitos.
    Para o Filho do Homem esmagar a cabeça da serpente!
    Nascido de uma humilde virgem numa pequena estrebaria,
    Aos 30 anos iniciou seu ministério, e muitos discípulos reuniu,
    Muitos milagres realizou e várias outras pessoas curaria,
    A muitos alimentou, foram mais de oito mil².
    Mas veio por um motivo, e por nós ele se deu.
    Foi surrado com varas e coroado com espinhos,
    Forçado por marginais a carregar a própria cruz,
    Conduzido descalso por pedregosos caminhos, 
    E, com um último suspiro, morreu o Filho de Deus, Jesus!
    No terceiro dia todos se surpreenderam quando amanheceu...
    Da sepultura Jesus ressurgiu,
    Desse modo comprou nossa liberdade e nos adotou,
    E assim o pecado em terra caiu,
    E um glorioso canto de vitória entoou. 
    Nosso relacionamento reconciliado, e renovada a nossa esperança.
    Como é grande o amor que o Pai nos concedeu,
    Ao ponto de sermos chamados filhos de Deus,
    Ele permanece em nós pelo Espírito que nos deu,
    E assim nos aperfeiçoamos: sendo seus,
    E vivendo plenamente em Sua Nova Aliança!
    Em nossa jornada diária,
    Seguimos a Verdade em amor,
    Em sua misericórdia inimaginária,
    Não nos deixa de abençoar o Senhor.
    Mas O Plano ainda não se concretizou.
    Aguardamos pelo retorno daquele que nos salvou,
    Novo Céu e Nova Terra, um novo corpo livre do mal,
    Vida eterna com Aquele que nos predestinou,
    Sempre estando em dependência total, 
    Essa é a nossa esperança, que temos porque Ele nos amou.


¹Pisom era um dos quatro rios (Pisom, Giom, Tigre e Eufrates) formados pela divisão do rio que cortava o Éden. No caso está representando o rio do Éden.
²Baseado na frase: "O poder de luta dele é de... MAIS DE OITO MIL!!!" (http://www.youtube.com/watch?v=cpmn1SNNfF4)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Reflexão sobre a corrupção

Eu ia por outro texto hoje, mas como hoje é dia 5 de dezembro, e eu não tinha o blog no dia 5 de novembro, me lembrei da renomada frase do filme "V de vingança" (quem não viu fica a dica): "remember, remember, the fifth of november". Então pensei em por alguma coisa diferente, aí lembrei que eu tinha esse texto, "Reflexão sobre a corrupção", e de que o símbolo atual da luta contra a corrupção é a máscara do V. Então, eis umas imagens e o texto (escrito em Viçosa no dia 15/11/11 das 9:40-10:04):

Protesto contra a corrupção na avenida paulista.

O herói "V", do filme "V de vingança".

      A corrupção surge da busca pelo prazer a qualquer custo, onde o corrupto confunde prazer com felicidade. Ao buscar o prazer, o corrupto burla normas achando que quanto mais prazer obtiver mais feliz será, mesmo que prejudique outros para obter prazer. Muitos corruptos se corrompem por dinheiro, pois este pode comprar o prazer momentâneo e imediato. Porém a corrupção vira necessidade quando a busca pelo prazer vira vício, e o corrupto perde totalmente o controle para a Carne, não conseguindo parar de se corromper. A corrupção é egocêntrica, pois procura-se com ela servir a si mesmo de prazer e felicidade, sem se importar com os outros. Logo vê-se que a corrupção é filha do orgulho, como todo e qualquer pecado, pois a pessoa corrupta se coloca no lugar de Deus, no centro (egocentrismo*), ao invés de deixar Deus e Cristo no centro (teocentrismo; cristocentrismo), e se acha superior a Deus, atirando-o na periferia de sua vida. Essa pessoa será eternamente insatisfeita e infeliz, a menos que recoloque Deus no Seu devido lugar, o centro.


* Ainda vai aparecer outras vezes nesse blog essa ideia de contrapor o egocentrismo ao cristocentrismo, e não ao altruísmo, pois acho eu, todos estão relacionados, mas Cristo deve estar no centro de nossa vida, e nos na periferia, enquanto o próximo deve estar mais próximo do centro que nós mesmos mas nunca no centro exato, lugar que deve ser assumido exclusivamente pelo Deus Triúno.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Reflexão sobre a escrita

Esse texto eu escrevi em Viçosa, no dia 08/10/11, das 10:12 PM até as 11:19 PM. Não é um texto com um enfoque cristão, como os outros que eu postei, mas eu achei ele bem interessante. Uma frase que eu apliquei verdadeiramente a esse texto é essa: "Às vezes tenho a impressão de que escrevo por simples curiosidade intensa. É que, ao escrever, eu me dou as mais inesperadas surpresas. É na hora de escrever que muitas vezes fico consciente de coisas, das quais, sendo inconsciente, eu antes não sabia que sabia." da Clarice Lispector. Eu não sabia que eu conseguia escrever um texto tão complexo antes de escrever esse. E, detalhe: eu tinha acabado de fechar "O Príncipe", de Maquiavel, ou seja, a linguagem complexa estava altamente presente na minha mente. Sem mais delongas, eis o texto.
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Reflexão sobre a escrita
Uma análise sintética de como textos escritos implicam na síntese de pensamentos por intelectos analisantes¹.

            A caneta escreve o que a mente prescreve em palavras que descrevem conceitos contínuos formulando frases e sentidos. Desse modo pensamentos são transcritos em papéis fadados à memória futura e à interpretações distintas por pessoas distintas com contextos distintos em tempos distintos levando um pequeno pensamento a gerar inúmeros outros. Assim, escrevo o que penso, mas não é o que penso que um outro leitor, ou eu mesmo em outro contexto ou outra época, interpreta do que escrevo. Logo, a escrita cultiva pensamentos.
Mas o tema central de meu pensamento transcrito deve permanecer se bem suceder minha escrita, por isso deve-se escrever sobre o que se reflete e que deseja permanecer vivo em intelecto alheio. Logo, se escrevo algo "bom", minha escrita cultiva pensamentos "bons", e se escrevo algo "ruim", minha escrita cultiva pensamentos "ruins".
Porém o intelecto analisante de minha escrita é racional e dotado da grandeza de Pascal, e possui senso crítico, podendo discordar de minhas opiniões, fazendo com que uma escrita "boa" cultive pensamentos "ruins". Logo, apenas o tema central que se discute, não as opiniões transcritas sobre tal tema, prevalecem nos pensamentos gerados pela escrita.
Entretanto o intelecto analisante é único, imaginativo e dotado de experiências que relaciona com signos e conceitos da linguagem, podendo, deste modo, retirar pensamentos de escritos cujo tema central é um, com outro tema central, como se se dissesse "o sol é vermelho", e o intelecto analisante do leitor pensasse no Papai Noel simplesmente pelo signo remetido a palavra "vermelho". Logo, a escrita cultiva pensamentos derivados do conceito próprio do intelecto analisante, sem haver controle, por parte do escritor, do que seus escritos podem criar em intelectos alheios.
Todavia o intelecto analisante tende a analisar o escrito com base em um contexto específico e tende a remeter ao tema central dos pensamentos do autor do escrito e gerar pensamentos em volta de tal tema. Logo, o autor pode e deve articular suas palavras de modo a induzir seu público alvo de intelectos analisantes a produzir pensamentos em áreas específicas, sendo estas controladas pelo autor através do uso de expressões comuns ao convívio social entre os intelectos e que remetem a signos semelhantes nos diversos leitores.
Dessa reflexão podemos concluir que:
1. O autor não é totalmente responsável por pensamentos derivados de sua escrita;
2. O bom autor sabe induzir o leitor a gerar pensamentos em concordância ou semelhança com seus próprios pensamentos;
3. O bom autor sabe ocultar, revelar ou transmitir direta ou indiretamente pensamentos específicos no intelecto analisante, de modo a se comprometer ou não com a ideologia transmitida por tal pensamento;
4. É impossível prever quais e quantas ideias uma caneta há de gerar, exceto para Deus;
5. Pensamentos se proliferam facilmente em intelectos, podendo utilizar a escrita como catalisador de tal processo;
6. A escrita imortaliza² o pensamento do autor e prolifera pensamentos distintos ao pensamento do autor numa mesma sentença, dependendo completamente dos intelectos analisantes para uma ou outra coisa;
7. Todo³ autor deve ter em conta seus objetivos para com seus escritos de modo à atingí-los utilizando das ferramentas de controle e coerção explicitadas acima para com seus intelectos analisantes alvo.

¹ Essa ideia de "intelecto analisante" caminha lado a lado com a ideia de "intelecto sintetizante", que eu descartei nesse texto substituindo-a pela palavra "autor". Ambas eu retirei de um texto de Sto. Tomás de Aquino, chamado "QUESTÕES DISCUTIDAS SOBRE A VERDADE", mais especificamente do Artigo Terceiro, "A verdade reside somente no intelecto sintetizante e analisante?".
² Na realidade a escrita imortaliza na medida em que o pensamento deixa de depender do intelecto sintetizante e passa a depender de uma folha de papel e de intelectos analisantes. Mas sem esses dois aquele escrito é morto, não imortal.
³ Quando ponho que "todo autor deve ter em conta seus objetivos para com seus escritos", quero dizer que um autor que almeja alguma utilidade para seu escrito deve utilizar-se das ferramentas explicitadas, mas caso o autor não possua um objetivo lógico/direto para com o escrito, pode desprezar a necessidade de manipulação dos intelectos analisantes.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Reflexão Devocional sobre a Esperança

Essa devocional eu escrevi para a reunião da diretoria da UPA do dia 21/09/11. Na verdade eu a fiz em tópicos, mas editei para postar aqui no blog. Um detalhe: eu deveria fazer minha devocional com base na passagem Sl 119:153-160, mas só me lembrei disso depois de desenvolver quase toda a devocional, então “encaixei” essa passagem no que eu já tinha feito.
Para fazer essa devocional eu utilizei de um recurso excelente, que se você, leitor, ainda não possui, aconselho que providencie: o e-sword (download grátis aqui: http://www.e-sword.net/downloads.html e download grátis de material em português aqui: http://www.e-swordbrasil.blogspot.com/  ).

Eu sei que ficou meio grande, e que isso vai contra as regras da sociedade interneteira moderna, mas quando se tem muito o que falar deve-se falar muito. Se você não quiser ler por causa do tamanho, sem problemas, mas estará perdendo uma boa dose de conteúdo.
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“Ó Deus, olha para o meu sofrimento e socorre-me, pois não tenho desprezado a tua lei! Defende a minha causa e livra-me dos meus inimigos; conserva-me vivo, como prometeste. Os maus não serão salvos dos seus sofrimentos porque eles não se importam com as tuas leis. Como é grande a tua compaixão, ó SENHOR! Conserva-me vivo, de acordo com a tua justa vontade. Tenho muitos inimigos e perseguidores, porém não deixo de obedecer aos teus mandamentos. Quando olho para aqueles traidores, sinto nojo porque eles não obedecem à tua lei. Vê como amo os teus ensinamentos, ó SENHOR! Conserva-me vivo, por causa do teu amor. Todas as tuas palavras são verdadeiras; os teus mandamentos são justos e duram para sempre.” – Salmos 119:153-160, NTLH (Nova Tradução na Linguagem de Hoje).

Nessa passagem Davi ora pedindo socorro para seu sofrimento e pedindo proteção e justiça. Ele mostra perseverança e não conformação com o mundo. Mas eu queria focar na esperança e na confiança de Davi. Elas estão em Deus. Isso fica ainda mais claro em outro salmo dele, o salmo 33.
“É o SENHOR Deus quem protege aqueles que o temem, é ele quem guarda aqueles que confiam no seu amor. Ele os salva da morte e nos tempos de fome os conserva com vida. Nós pomos a nossa esperança em Deus, o SENHOR; ele é a nossa ajuda e o nosso escudo. O nosso coração se alegra por causa do que o SENHOR tem feito; nós confiamos nele porque ele é santo. Ó SENHOR Deus, que o teu amor nos acompanhe, pois nós pomos em ti a nossa esperança!” – Salmos 33:18-22, NTLH.

“Os olhos do SENHOR estão sobre os que o temem, sobre os que esperam pelo seu amor, para livrá-los da morte e conservá-los vivos em tempo de fome. Nossa esperança está no SENHOR; ele é o nosso auxílio e escudo. Nosso coração se alegra nele, pois temos confiado no seu santo nome. SENHOR, que o teu amor esteja sobre nós, assim como a nossa esperança está em ti.” – Salmos 33:18-22, AS21 (Almeida do Século 21).

Assim como Davi, nós devemos pôr a nossa esperança em Deus. Pois é “Deus que protege aqueles que o temem, [...] ele os salva da morte”. Que Deus seja “nossa ajuda e o nosso escudo”. Que nosso coração se alegre com o que o Senhor tem feito, e que nós confiemos nEle, e coloquemos nEle a nossa esperança como Ele põe em nós o Seu amor. Se o fizermos nada nos faltará:
“Até os leões não têm comida e passam fome, porém não falta nada aos que procuram a ajuda do SENHOR.” – Salmos 34:10, NTLH.
“O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará.” – Salmos 23:1, ARA (Almeida Revista e Atualizada).
Se nós procurarmos a ajuda do Senhor, Ele é fiel e justo para nos suprir todas as necessidades, desde que Ele esteja em primeiro plano na nossa vida, que foquemos nossas força, esperança e amor nEle.
      O Senhor está sempre perto de quem tem o coração partido e o espírito humilde.” – Salmos 34:18, BV (Bíblia Viva).
      “O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito abatido.” – Salmos 34:18, NVI (Nova Versão Internacional).
      “Javé está perto dos corações feridos, e salva os que estão desanimados.” – Salmos 34:18, Bíblia Católica Romana (peço perdão mas não sei exatamente o nome dessa bíblia).
       Mesmo se estivermos desanimados e com o coração partido, o Senhor está pronto para nos ajudar, se pedirmos Sua ajuda. Portanto, com um Deus desse, como podemos perder a esperança? Ele criou o mundo e tudo o que nele há, Ele é bom e misericordioso, e Ele nos escolheu. Veja esta devocional do reverendo Élben César, retirada de seu livro “Refeições diárias com Jesus”, primeira edição, página 227:
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TU OS DESTE PARA MIM
Pai, quero que, onde eu estiver, aqueles que me deste estejam comigo a fim de que vejam a minha natureza divina que tu me deste.
João 17.24, NTLH
Em sua oração intercessória em favor dos discípulos e das pessoas que creriam nele, Jesus mencionou dez vezes a expressão “tu me deste” (NTLH). Embora não haja separação alguma entre ele e o Pai (Jo 10.30), o Senhor afirma que Deus lhe deu o seguinte:
                Autoridade sobre todos os seres humanos (Jo 17.2);
                Um trabalho para fazer (Jo 17.4);
                A mensagem (ou a palavra) transmitida aos discípulos (Jo 17.8, 14);
                O poder do nome dele, por meio do qual ele guardou os discípulos (Jo 17.11-12);
                A natureza divina (Jo 17.22, 24);
                Aqueles que Deus tirou do mundo, isto é, os que já creram e vão crer nele (Jo 17.6).
                Das seis dádivas mencionadas por Jesus, a que ele realça mais é a última: “Eu mostrei quem tu és para aqueles que tiraste do mundo e me deste. Eles eram teus, e tu os deste para mim” (Jo 17.6, NTLH). Jesus repete isso mais quatro vezes (Jo 17.9, 10, 24 e 25). Fica absolutamente claro que a salvação acontece de cima para baixo. É iniciativa da graça, não da fé e das obras. Fé e obras são manifestações da imensa misericórdia do Pai!
- Tu me enxergaste, tua graça me alcançou e tu me deste a Jesus Cristo.
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Percebe-se claramente que nós somos de Cristo. Pelo seu sangue Ele nos comprou.
“Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas a Deus, pois ele os comprou e pagou o preço.” – 1 Coríntios 6:19-20, NTLH (só um pedaço de cada versículo).         

                Nossa esperança está em cristo graças ao seu sacrifício definitivo. John Stott, em seu livro Cristianismo Básico (Ed. Ultimato, Viçosa, 2007, segunda impressão) nas páginas 121-128 apresenta esse sacrifício de modo bem interessante. Abaixo segue algumas partes desse trecho:
                “A Frase que Pedro usa em sua primeira carta (2.24) para descrever a relação entre a morte de Cristo e os nossos pecados é esta: “Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados”. A expressão “carregar pecados” soa estranha aos nossos ouvidos, assim, precisaremos voltar ao Antigo Testamento para compreendê-la. [...] ‘Se alguma pessoa pecar e fizer contra algum de todos os mandamentos do Senhor aquilo que se não deve fazer, ainda que o não soubesse, contudo será culpado e levará a sua iniqüidade’ [(Lv 5:17)]. A expressão só pode significar uma coisa: ‘levar o pecado’ é sofrer as conseqüências do pecado, é receber  o castigo.
                “Algumas vezes, isso também implica que outra pessoa pode assumir a responsabilidade pelo pecador. [...] [Um] exemplo se encontra no livro de Lamentações, no qual, após a destruição de Jerusalém os israelitas clamam: ‘Nossos pais pecaram, e já não existem; nós é que levamos o castigo das suas iniqüidades’. [...] Do mesmo modo, no Dia da Expiação, Arão foi instruído a impor suas mãos sobre a cabeça de um bode expiatório, como forma de identificar a si mesmo e ao seu povo com o animal. Em seguida, ele deveria confessar os pecados da nação, transferindo-os simbolicamente ao bode, que era levado ao deserto. Depois disso, lemos que ‘o bode levará sobre si as iniqüidades deles para terra solitária’ [(Lv 16:22)]. [...] ‘Levar’ os pecados de alguém é assumir o lugar de outra pessoa, substituí-la, arcar com as conseqüências de seu pecado.
                “Porém, essa extraordinária provisão é temporária, pois ‘é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados’[(Hb 10:4)]. [...] No longo cântico do servo sofredor de Isaías (capítulo 53), [...] Cristo é descrito em termos intencionalmente sacrificais. ‘Como cordeiro foi levado ao matadouro’, e ‘não abriu a boca’; mas ‘o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós’, e assim sua alma tornou-se uma ‘oferta pelo pecado’. Nós todos ‘andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo caminho’, mas ele, também ‘como ovelha’, foi transpassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos sarados’. Essa linguagem clara de substituição descrevendo-o como ‘aflito, ferido de Deus e oprimido’, é resumida no fim do capítulo em duas frases já citadas em Levítico: ‘As iniqüidades deles levará sobre si’ e ‘Ele levou sobre si o pecado de muitos’. [...] Os escritores do Novo Testamento não tiveram dificuldade em reconhecer a morte de Jesus como o sacrifício definitivo [...]. Os antigos sacrifícios precisavam ser repetidos interminavelmente; Cristo morreu uma única vez, e para sempre. ‘Jesus... tendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus’.
“Esta última frase nos leva de volta à expressão de Pedro: ‘Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados’. O Filho de Deus identificou-se com os pecados dos homens. Ele não se contentou em assumir a nossa natureza; também levou sobre si a nossa iniqüidade. Ele não apenas ‘se fez carne’ no útero de Maria; ele ‘se fez pecado’ na cruz do Calvário. [...] Em seu amor extremo e imerecido por nós, ele não nos faria prestar contas de nossos próprios pecados. Não permitiria que dissessem a nós o que se dizia nos dias do Antigo Testamento, ‘cada um será morto pela sua iniqüidade’. Então o que Deus fez? ‘Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que fôssemos feitos justiça de Deus’. Jesus não tinha nenhum pecado; ele se fez pecado com os nossos pecados na cruz. [...] Os pecados acumulados durante toda a história da humanidade foram colocados sobre ele. Ele levou-os voluntariamente em seu próprio corpo, e os fez seus, assumindo plena responsabilidade por todos eles. [...] Deus, que é ‘tão puro de olhos’ que não pode ver o mal, nem contemplar a opressão, virou o rosto para não contemplar aquela cena. Nossos pecados foram colocados entre o Pai e o Filho. O Senhor Jesus Cristo, que sempre esteve com o Pai, desfrutando de uma comunhão ininterrupta com ele, agora estava momentaneamente abandonado. Nossos pecados o levaram ao inferno. Ele experimentou o tormento da alma separada de Deus. Ao levar sobre si os nossos pecados, ele morreu em nosso lugar. Ele suportou o castigo da separação de Deus que nós, com nossos pecados, merecíamos. [...] Ele levou sobre si todos os pecados do mundo, e agora nós podemos nos reconciliar com Deus, desde que confiemos nesse Salvador, e o recebamos em nossas vidas. [...] [Pedro] diz que Cristo carregou ‘ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados’. [...] Seus ouvintes judeus não tiveram dificuldade em compreender a referência implícita a Deuteronômio 21, que diz, ‘qualquer que for pendurado no madeiro é maldito de Deus’. O fato de Jesus ter morrido pendurado ‘sobre o madeiro’ (para os judeus, ser pregado numa cruz ou pendurado sobre o madeiro eram situações equivalentes) queria dizer que ele estava sob a maldição divina.
“Em vez de rejeitar essa idéia, os apóstolos a aceitaram; Paulo fez uma explanação sobre esse assunto em Gálatas 3. Ele enfatizou que estava escrito em Deuteronômio: ‘Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo’. O significado desses versículos é decisivo e evidente: a maldição que deveria cair sobre os pecadores por transgredirem a lei foi lançada sobre Jesus na cruz. Ele nos libertou da maldição, tomando-a sobre si quando morreu.”
 Bom, mesmo que o mundo seja reino do Diabo, mesmo que nós sejamos tentados e fiquemos desanimados com esse mundo, jamais desanimemos com Deus. Não sejamos desiludidos com Cristo. Digamos como o Rev. Élben: “continuarei ao lado dos entusiasmados de Jesus, e não ao lado dos desiludidos!” (CÉSAR, Élben, Refeições diárias com Jesus, 1ª edição, pg.257). Lembremos de William Wilberforce (http://upaipved.blogspot.com/2011/08/william-wilberforce-biografia-vi.html). Mais de 10 anos lutando antes de conseguir alguma vitória. Por isso não podemos desanimar. Devemos ser fortes e corajosos, porque o Senhor nosso Deus é conosco, por onde quer que andemos (paráfrase de Js 1:9). Deixo um último molho de frases para refletirem:
Do Senhor dos Anéis a Sociedade do Anel (TOLKIEN, John R. R., Ed. Martins Fontes, 2ª edição, 2002, São Paulo, págs. 52-3):
             - Gostaria que isso não tivesse acontecido na minha época. – disse Frodo.
                - Eu também – disse Gandalf. – Como todos os que vivem nestes tempos. Mas a decisão não é nossa. Tudo o que temos que decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado. (e aqui eu acrescento: e viver na esperança do retorno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pois “Quando vier o que é perfeito, então o que é imperfeito desaparecerá.” – 1ª Coríntios 13:10, NTLH.)
           Da banda Crombie:
                - Quem vive na esperança não perde por esperar.
Portanto, não desanimemos com esse mundo, pois Deus venceu o mundo! (veja João 16:33)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Reflexão sobre o reflexo - reflexo de reflexões

Esse texto eu escrevi em Viçosa, no dia 15/11/11, das 12:30 AM - 1:07 AM. Mostra bem em uma visão cristã nós mesmos e a vida. Além disso, o jogo com reflexo e reflexão é interessante. Como criei o blog agora e já tenho bastante conteúdo acumulado em cadernos, resolvi postar isso mesmo já tendo postado hoje, pois a postagem anterior foi apenas uma apresentação do blog. Espero que aproveite a leitura!
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Reflexão sobre o reflexo - reflexo de reflexões.
Sou pequeno espelho embaçado que tenta livrar-se dos vapores embaçantes Mundo, Carne e Diabo, para poder projetar um reflexo perfeito de meu Criador. Refletindo sobre o dia de ontem* cheguei a uma conclusão: em grupo, espelhos refletem melhor, produzem melhores reflexões. Por ter estado em grupo com espelhos voltados ao Criador, tenho essas reflexões. Juntos emitimos não pequenos e embaçadíssimos reflexos, mas reflexões! Esta é a comunhão do Espírito que aperfeiçoa e desembaça espelhos voltados para o Criador. Por isso, os espelhos que almejam refletir a imagem do Criador devem viver em comunhão e serem espelhos-irmãos, cada qual refletindo uma parte, mas trabalhando juntos! Através do reflexo dos espelhos-irmãos, espelhos desviados da imagem do Criador podem vizualizá-Lo e voltarem-se para Ele. Essa é a missão dos espelhos-irmãos: refletir o Criador para espelhos desviados, e desse modo o Criador pode virá-los em sua direção. Pra ajudar-nos a refletir melhor Sua imagem, por amor o Filho do Criador veio habitar entre nós, refletindo perfeitamente o Criador entre nós, e nós que éramos foscos passamos a brilhar após o sacrifício do Filho, que deu Sua vida para que nós não fôssemos quebrados. Depois, enviou-nos um pano, Seu Espírito, que nos limpa e nos desembaça dos vapores constantes. Mas o Filho, que ressurgiu após se sacrificar, prometeu retornar um dia e levar-nos à sua vidraçaria-mor, onde fará de nós espelhos perfeitos e nos depositará num mundo perfeito e sem vapores, aonde refletiremos perfeitamente o Criador! Agradeço a Ele por essa reflexão! Amém!
Davi Bastos, um espelho embaçado mas voltado para o Criador.


* Ontem eu e quatro amigos nos reunimos e produzimos uma música e um vídeo bem legais. Assim que o vídeo ficar pronto e chegar nas minhas mãos eu posto aqui.

Apresentação

Criei esse blog no intuito de compartilhar com leitores alheios minhas reflexões em cima de textos de outras pessoas ou de pensamentos próprios. Minha ideia é postar textos meus ou de outros (sempre citando autor e fonte) e refletir sobre a vida. Espero poder crescer e espero que você leitor, creça também, racionalmente, mentalmente e espiritualmente com essas reflexões. Espero também servir ao meu Criador com esse blog, postando constantemente reflexões bíblicas baseadas nas minhas devocionais individuais ou em grupo.
Deixo aqui um poeminha bobo, só pra dar uma abertura poética:

REFLEXÕES
(Viçosa, 15/11/11, 1:54 AM)
Tenho muitas reflexões quando faço flexões,
Algumas tenho quando de algo me abstenho,
Outras advém em momentos que não convém,
Mas todas existem pois Deus as criou,
E Ele, em Sua graça, a mim as confiou!

Bem, é isso. Espero que goste. Espero que agrade a Deus. Até logo.

Ps: Essa acima é minha assinatura. Gosto muito dela e sempre vou colocá-la no final de meus textos/postagens. O "D" central com um "pingo" na sua extremidade inferior, se rotacionado, permite identificar nele todas as letras de meu nome, "D", "A", "V" e "I". Os triângulos e pontos logo abaixo do "D" mostram essa ideia de escrever "DAVI" rotacionando a letra.